Quem mantém uma rotina financeira eficiente tem não só um negócio funcionando de modo igualmente eficiente, mas também tem um tesouro nas mãos. As chances de crescer, expandir se tornam muito maiores porque a gestão das finanças permite definir prioridades e alocar recursos para voos mais altos.
É preciso identificar o caminho que evita a necessidade de buscar empréstimos bancários e financiamentos fora de hora. Quando sabe exatamente como anda a movimentação financeira do negócio, qual a razão para adquirir uma dívida? Neste caso, um empréstimo pode vir em boa hora para que a empresa possa dar um salto a partir de um investimento em uma nova praça, novo produto, novo maquinário ou novos vendedores. Ou seja, será um dinheiro extra para geração de novas receitas.
O problema do empréstimo é quando ele ocorre por causa da desorganização financeira da empresa. Por exemplo, pedir dinheiro para capital de giro pode ser um indicador de que algo muito errado está ocorrendo nas finanças. É sinal de perda de controle e a decisão mais comum do empreendedor é buscar formas de encobrir os furos no caixa. O risco é sempre grande de isso virar uma bola de neve dependendo do tipo de dívida adquirida, dos juros e dos prazos de pagamento – sem contar o espaço de tempo restrito para honrar os compromissos nas datas de vencimento.
Por isso, o mais indicado é estruturar a rotina financeira e assim usufruir de empréstimos e financiamentos no momento certo e para finalidade certa. Mas como ter uma rotina eficiente? Confira a seguir e entenda a importância de uma rotina financeira.
Empresas de menor porte podem ser afetadas, mas as de maior porte também não estão imunes a esse problema. Sem uma rotina financeira fica mais difícil administrar o caixa do negócio e perde-se o controle do que entra e do que sai. Com isso, o impacto pode ser sobre o capital de giro (afetando a gestão financeira do dia a dia) ou sobre o capital para investimento (que poderia resultar em novas receitas).
É neste cenário que recorrer a empréstimos bancários e financeiros acaba surgindo como a última alternativa. E vem daí a importância de ter uma rotina financeira sem falhas na gestão da empresa. Veja por quê.
A rotina financeira está diretamente relacionada com os objetivos e propósitos da empresa. Ou seja, é parte essencial para que o empreendedor possa oferecer, do modo como considera mais indicado, sem improvisos e de acordo com todos os trâmites legais, produtos e serviços de qualidade e que atendam os interesses e desejos do público-alvo.
Isso porque a rotina financeira, ao facilitar o controle do fluxo de caixa, permite que a empresa consiga estabelecer orçamento para arcar com todos os custos de operação do negócio independentemente do setor ou do ramo de atividade.
Pense na resposta para a seguinte questão: Como planejar a expansão do negócio e gerar mais receita se não tenho noção da realidade financeira da minha empresa?
Por isso, anote aí: na rotina financeira, controle é a palavra-chave para acompanhar a movimentação financeira do negócio a partir das seguintes informações:
Dinheiro que entra e sai do caixa da empresa.
Controle dos recebimentos orienta a entrada de dinheiro no caixa, mas também ajuda a gerenciar a questão da inadimplência das formas de pagamentos e seus custos (cartão de crédito e débito, dinheiro, boleto, cheques, cheques pré-datados).
Controle do que a empresa tem a pagar entre pessoal e fornecedores.
No caso da venda de produtos (B2B e B2C), o estoque deve estar no controle financeiro para que se tenha um acompanhamento do que será comercializado futuramente e também para equilibrar os custos de produção.
São as defesas com pagamento recorrente com infraestrutura (aluguel, IPTU, IPVA, internet…), pessoal, serviços especializados (escritórios de contabilidade, assessoria jurídica, agência digital…).
O pagamento de comissões de vendas e de impostos (como o Simples Nacional, que varia conforme a quantidade notas fiscais emitidas) são exemplos de despesas variáveis que fazem parte da rotina financeira. O mesmo vale para o aumento ou diminuição na compra de matérias-primas influenciada pela sazonalidade, por exemplo.
Esta é a projeção semanal ou mensal do caixa do negócio para ter uma noção da movimentação. E assim, estabelecer ações caso falta ou sobra dinheiro para as despesas fixas e variáveis e até para um futuro investimento.
Trata-se do dinheiro que o empreendedor precisa administrar para garantir o funcionamento e a continuidade do negócio. É resultado da diferença entre o dinheiro que há em caixa e a soma das despesas e contas a pagar.
Agora que você entendeu mais sobre a importância da rotina financeira, pense em como tudo isso reduz os riscos de sua empresa ficar endividada. E faça boas escolhas e bons negócios.